segunda-feira, 25 de abril de 2011

Insônia

Onde estará a armadilha para a qual me entreguei
Nas madrugadas escuto, o que jamais revelei
E como no sonho de Ícaro, perto do sol voei
Reedito meus passos, quanto desperdicei
Que vale o belo ao fraco ou reflexo sem aptidão
Na insônia acelero, vago entre inferno e chão
Não dou limites ao sonho ou podo a imaginação
Tudo que amo eu guardo em lentes de transição
E aos que não vejo indago sobre minha perdição
Seco as tintas no papel e espero não sonhar
Pois a covardia assumo, antes de me deitar
A dor ainda sinto, mas não permito chorar
Dentre altos e baixos vivo, ainda a esperar
Com o sentimento minguado... Sem querer voltar

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores